sábado, 6 de junho de 2009

DIGA NÃO AO ARROCHO SALARIAL DO GOVERNO W. DIAS


PELO REAJUSTE DE 47%!
NÃO A O %!

Na assembléia do dia 27 de maio, foi decidido que a categoria entraria em estado de greve, e que seria marcada uma nova assembléia para o dia 03 de junho, ou seja, buscar alguma proposta do governo mas preparando a greve. Também ficou acordado que nesse período o SINTE se responsabilizaria por construir a greve, mobilizando a base. No entanto, o que se viu foi algo totalmente diferente, pois a direção foi para as escolas descaracterizar e desconstruir a greve, colocando a culpa nos professores. Abandonaram taxativamente o reajuste de 47% em troco de 13% e fechando os olhos para os graves problemas da educação estadual.
A mentira deslavada
Como se não bastasse, na assembléia do dia 03, Odeni e sua direção passaram dos limites. Primeiro trouxeram vários representantes de regionais do interior para relatarem que eram contra a greve e que o movimento não teria sustentabilidade em suas cidades. Isso sem sequer ouvirem os trabalhadores. Depois, no meio da assembléia a direção do sindicato forjou uma pseudonegociação no karnak. Tudo isso, fazia parte do plano arquitetado pelo SINTE para ganhar tempo e esvaziar a assembléia.

Entretanto, o tiro saiu pela culatra e a categoria insistiu e continuou firme para ver o desfecho da fatídica assembléia geral. Quando a “comissão de negociação” escolhida a dedo pela direção voltou, relataram que o governador estava ausente e que teriam sido recebidos pelo Kleber Eulálio, João de Deus, e Magalhães. Ironicamente os mesmos iriam repassar nossas reinvidicações a W. Dias. Será estes não sabiam ou sabem da pauta histórica da categoria?
Suposto esvaziamento
A maior parte da base já sabendo que essa ida ao karnak não daria em nada, já estava decidida a votar pela deflagração da greve, o que de fato ocorreu. Contudo, Odeni, de forma antidemocrática, não acatou a decisão da categoria, disse que a assembléia não tinha “clima” nem representatividade para decidir nada. Assim, colocou o microfone debaixo do braço, desligou o carro de som e foi embora descaradamente.
Falta de democracia
Foi um famoso um balde de água fria em todos os trabalhadores(as) presentes. Pode está parecendo brincadeira, mais foi exatamente isso que ocorreu. Como que uma assembléia com mais de 300 (ver assinaturas do livro ata) trabalhadores não tinha condição de decidir? A verdade é outra! Na realidade, Odeni desde o inicio se mostrou contra a greve e fez de tudo para não construí-la, inclusive indo as escolas para acabar com qualquer possibilidade do movimento pegar corpo. Todos nós sabemos das estreitas ligações da direção do SINTE com o governo. O sindicato foi o primeiro a desmontar, sob as ordens do Karnak, o movimento e inviabilizar um processo de luta que é legitimo e necessário. Para isso aniquilou a democracia da assembléia e propagou inverdades dizendo que a greve era coisa de uma “minoria”.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

É hora da greve, basta!

Educação cobra 47% de perdas mais 13% do Piso. Governo propõe 0%.

Desde o governo do PMDB, passando pelo do PFL até o do PT e seus aliados, nossos salários vêm sendo aviltados brutalmente e nossos direitos retirados a cada ano. Em oito anos do governo petista, nossas perdas somam cerca de 47%. É importante lembrar que W. Dias não cumpre os 30% de verbas constitucionais que deveriam ser aplicados em educação, gerando uma perda cerca de 270 milhões todo ano para os cofres da educação.
O principal discurso dos governos Lula e Wellington para tentar enganar os trabalhadores nas campanhas salariais deste ano é a crise econômica. Juntam-se aos empresários para dizer aos trabalhadores que o momento é de sacrifício e que não é sensato, portanto, pedir reajuste salarial. Entretanto, Lula e Wellington atendem com bilhões – através de doações, empréstimos, isenções - os pedidos de banqueiros e grandes empresários e ainda acham chique emprestar dinheiro ao FMI. Aos trabalhadores eles respondem com desemprego, arrocho salarial, descumprimento de acordos e corte dos direitos. Ainda utilizam a causa das vítimas das enchentes como desculpa para impor aos servidores seu pacote de maldades e sua política de arrocho.

Dinheiro só para os ricos

Dizer que não tem dinheiro é falácia. Não tem para cumprir os acordos com o funcionalismo e reajustar nossos salários. Como tem dinheiro para a GM e outras montadoras? Para socorrer empresas e bancos quebrados? Para manter o exército brasileiro no Haiti, protegendo os saques imperialistas e reprimindo os trabalhadores daquele país? Como tem dinheiro para emprestar ao FMI? Tem dinheiro até para o Frank Aguiar brincar de herói. A verdade é que o Piauí acaba de receber RS 980 milhões do BNDES a título de compensação pela diminuição do fundo de participação. Além disso, entrarão nos cofres da educação cerca de R$ 23 milhões a mais, decorrentes de aumento do FUNDEB em 2009. Sem falar que o Estado aumentou em mais de 20% sua receita com a arrecadação de impostos.

0% para servidores é afronta

A intransigência do governo de 0% em nossos salários é um afronta e um desrespeito acintoso aos trabalhadores e à escola pública. Por isso, nós da Educação com Lutas, acreditamos que só uma forte greve será capaz de quebrar a intransigência do governo petista. Para tanto, a direção do SINTE– PT/PSB/PCdoB – precisa parar de fazer jogo duplo, quando defende greve nas assembléias, para fazer média com a categoria, mas por trás desmobiliza a categoria e descontrói a greve, para não ter que se enfrentar com o governo do qual faz parte. No entanto, com o máximo de mobilização, organização e unidade da base, podemos derrotar o governo e conquistar o nosso reajuste salarial.

ORGANIZAR A GREVE CONTRA O ARROCHO SALARIAL DO GOVERNO DO PT/PSB/PCdoB!

DEVOLUÇÂO DO ADICIONAL DOS AUXILIARES DE SEGURANÇA JÁ!

Os auxiliares de segurança estão indignados, pois o governo retirou o adicional noturno no valor de 83,00 reais que eles recebiam, e alguns receberam menos que a metade, ou seja, 31,00 reais. E, para piorar, esse mês nem esse valor foi depositado nos contracheques.
Há muito tempo o governo vem desrespeitando os auxiliares de segurança com o não pagamento das horas extras e uma jornada de trabalho excessiva. Situação ainda mais crítica é a dos companheiros que trabalham no interior, chegando a trabalhar uma jornada desumana de 24h por 24h. O salário de um auxiliar de segurança não chega ao mínimo, depois dos descontos.
O governo do PT deveria reconhecer a importância desses trabalhadores para a educação e atender de forma integral todas as suas reivindicações. Nós, da Educação com Lutas, defendemos a imediata devolução do adicional e o atendimento das demais reivindicações dos auxiliares de segurança. Até a vitória!

ACREDITAR OU NÃO NA GREVE SOB A DIREÇÃO DO SINTE?

Existe muita desconfiança no seio da nossa categoria quanto à possibilidade de uma greve vitoriosa sob o comando da atual direção do Sinte. Achamos que é legítima essa desconfiança, afinal de contas, sofremos sucessivas traições ao longo

dos últimos anos, principalmente a partir do golpe da desvinculação da nossa regência, em 2003, até a aprovação do PCCS, em 2006, que acaba com o Estatuto do magistério e com vários direitos históricos da categoria. Sem falar das inúmeras greves de faz de conta montadas e desmontadas por Odeni e o grupo do PT.
Direção do SINTE boicotando a greve

Agora mesmo estamos vendo a direção do SINTE-PI passar por cima da deliberação da última assembléia geral (27/05) que definiu o início da greve para o dia 3 de junho, quarta-feira. Cabendo à direção do sindicato e aos trabalhadores construírem a greve em cada escola e em todo o Estado. E devendo o sindicato disponibilizar os recursos materiais, humanos e financeiros necessários para o êxito da nossa luta. No entanto, Odeni e outros diretores estão andando nas escolas não para mobilizar e construir a greve, conforme aprovado pela categoria, mas, ao contrário, para desmobilizar a categoria e desconstruir a greve. O que eles estão dizendo é que no dia 03/06 “a categoria vai decidir greve ou acampamento”, e não foi isso que ficou decidido na última assembléia. Assim, fica bem clara que a atual direção não quer enfrentar a greve para não ter que se confrontar com o governo. A categoria deve exigir da presidente do sindicato seriedade e mais respeito.

Motivos para não desistir

Acreditamos que a greve é necessária, pois é uma imposição da realidade dada a intransigência do governo e poderá ser vitoriosa se a categoria assumir o movimento e exigir da direção do SINTE que, também, cumpra com o seu papel de defender os interesses da categoria em vez e não proteger o governo. Devemos eleger um comando de greve logo no primeiro dia para que este assuma e conduza os rumos da luta. A greve, como toda luta, é definida pela correlação de forças. É bom lembrar que todos os direitos dos trabalhadores conquistados foram frutos das lutas, especialmente, das greves da década de 1980.

Nesse sentido, a unidade, a democracia e a ação direta tornam-se o cimento capaz de unir a classe e potencializar a greve, o que abre a possibilidade de vencer o governo. É nessa capacidade de luta e organização que nós da Educação com Lutas acreditamos.