Dia 24 de abril foi dia nacional de luta.
A mobilização do dia 24 de abril, em todo o país, foi muito importante. Paralisaram as atividades centenas de milhares de trabalhadores. De acordo com dados da CNTE, em vários estados, a paralisação atingiu níveis elevados. Porém, faz-se necessário perguntar se esse dia de luta foi somente pelo piso ou não? Nossa opinião é que não! Neste sentindo vamos dizer os por quê.
Piso é muito baixo!
Primeiro, que o valor do piso é baixíssimo, apenas R$ 950,00 para 40 horas semanais. Além disso, na maioria dos estados os professores já ganham o valor, já que o entendimento dos governos é que o projeto coloca como remuneração e não como vencimento. É fácil entender porque a direção do SINTE-PI/CNTE/CUT dizem que este piso é uma vitória. É que foi sansionado pelo governo do PT, partido ao qual são ligados. Contudo a maioria dos trabalhadores no Piauí acham que está muito além do que merecemos.
Desvio de verbas da educação
Em segundo lugar, está a crise da educação pública. As escolas continuam sucateadas pelos governos que preferem doar dinheiro para os banqueiros à investir no ensino público. O ano passado Wellington Dias desviou 161 milhões do orçamento da educação. Este ano o desvio vai ser ainda maior. Mesmo com o FUNDEB, que não tem "dinheiro novo", as verbas vão ser também minguadas.
Sucateamento do IAPEP
Por outro lado, existe o problema do IAPEP. O órgão está sendo sucateado pelo Sr. Rufino, com toda a anuência da Sra. Lucile, piorando as condições de atendimento dos servdores públicos nas clínicas particulares. Os segurados do IAPEP são tratados com discriminação na rede conveniada. Muitos se sentem humilhados, a maioria sequer consegue ser atendido no dia em que precisa. Na urgência/amergência só somos aceitos uma vez por mês, corremos um sério perigo de vida, principalmente quem tem problemas cardiovasculres e respiratórios. Ninguém sabe o que está sendo feito com o dinheiro que colocamos no cofre do IAPEP todo mês, pois os repasses para as clínicas conveniadas não estão sendo feitos desde dezembro.
Auditoria já!
Isso exige, como explica o professor Hallysson Ferreira, dirigente da CONLUTAS-PI, "muito mais do que denúncias. É preciso uma auditoria no órgão. O SINTE-I tem que sair do comodismo e do apoio ao governo neoliberal de Wellington Dias e encampar a auditoria para que possamos descubrir as falcatruas existentes no órgão. Deve também defender uma nova forma de gerenciamento do órgão controlado pelos trabalhadores através de um conselho administrativo deliberativo e paritário", afirma o professor Hallysson.
Todos na Luta!
Estamos em meio à campanha salarial que é, portanto, crucial para os/as tabalhadores/as em educação. Por isso, a categoria não pode cair no pessimismo, mesmo que a direção do SINTE-PI seja ligada ao governo do PT, pois quanto mais longe os trabalhadores/as estivem das assembléias gerais melhor para o governo e a direção pelega do sindicato. É isso que eles querem mesmo; fazer com que ostrabalhadores se afastem das lutas. Todos na luta!
Salários dos professores pelo mundo
Um professor brasileiro em início de carreira, segundo pesquisa da UNESCO, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano. O valor foi calculado incluindo os professores da rede privada de ensino, que ganham bem mais do que os professores das escolas públicas, segundo a Unesco. Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano. Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços. Na Coréia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.
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O salário médio do docente do ensino fundamental em início de carreira no Brasil é o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro.
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