segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


SEGUNDA-FEIRA (28/02) FOI MARCADA POR NOVOS PROTESTO DA CATEGORIA DE TRABALHADORES EM GREVE. A LUTA CONTINUA FIRME!


Depois de decidirem em assembléia geral a continuidade do movimento de greve, os trabalhadores eme ducação realizaram uma passeta até o palácio de Karnak, onde o governador se reunia com o sercretário de educação, Átila Lira.


A decisão de continuidade da greve foi baseada no fato de que até o momento não existe nenhuma proposta por escrito por parte do governo. "Assim, seria um erro suspender a luta sem nada de concreto" como afirma o professor e membro do comando de greve e da CSP-Conlutas, Hallysson Ferreira. "É preciso algo por escrito para que nós possamos debater em assembléia geral. A luta continua!", afirma o professor com o tom de quem continuará pressionando o governo por negociação.















sábado, 26 de fevereiro de 2011

A educação pública piauiense e o teatro do circo dos horrores


Marcos F. Lima*
            Sem professores, sem merenda escolar, sem piso salarial, sem carteiras, sem vigias, sem livros suficientes, sem início do ano letivo de 2011... Assim se encontra a realidade da maioria das escolas públicas piauienses. O quadro é desolador e o início do ano foi marcado por insegurança em relação à infra-estrutura de muitas escolas da capital e interior. Escolas cujos tetos desabaram, muros caindo sobre as salas de aula, bibliotecas que despencaram, somadas a falta de compromisso do Governador Wilson Martins (PSB), expuseram à sociedade piauiense o verdadeiro caos em que se encontra a educação pública do nosso estado.
            A situação da educação pública piauiense e a forma intransigente como o governo do estado conduz o debate com os trabalhadores em educação do estado me fez lembrar um romance do célebre escritor português José Saramago. O título da obra, Ensaio sobre a cegueira, não poderia caracterizar melhor o programa educacional implementado pelo atual governo nos últimos oito anos, quando PT e PSB enganaram toda a sociedade piauiense vendendo a imagem de uma escola organizada, na qual alunos e trabalhadores conviviam na maior harmonia e sem enfrentarem nenhuma dificuldade para ensinar e aprender.
            Ensaio sobre a cegueira nos remete a responsabilidade que temos enquanto cidadãos, principalmente nós educadores, em nos manter sempre vigilantes em uma sociedade que a cada dia fecha ainda mais os olhos para suas necessidades mais elementares, e onde nossos governantes ignoram suas obrigações e em muitos casos até o simples cumprimento da lei.
            Neste contexto, não faltam motivos para os trabalhadores em educação terem deflagrado uma greve há mais de 10 dias atrás, e nós, trabalhadores, ainda temos que ouvir do governo, desde o primeiro dia de greve, que o único problema estaria sendo provocado pelos próprios professores e demais trabalhadores em educação, que estariam sendo insensíveis e inconseqüentes ao deflagrarem a greve.
            Mas fica a pergunta para o governador do estado e seu secretário de educação, Átila Lira: é insensível quem se preocupa com a segurança de seus alunos, expostos diariamente a prédios desestruturados e que ameaçam cair sobre as nossas cabeças? Seria inconseqüente quem exige o cumprimento de uma lei que estabelece um salário muito aquém de nossas necessidades, e que ainda assim o governo se nega a implementar?
            O incrível é que o atual secretário de educação, que se faz de desentendido em relação à lei do piso salarial dos professores, foi o mesmo que votou sua aprovação três anos atrás. Mas o pior, por incrível que pareça, ainda está por vir, pois o governo do estado ameaça os trabalhadores com possíveis corte de pontos e demissões dos professores que não melhorarem os índices impostos pelo próprio governo. Ameaçando até mesmo fechar escolas para quem não se adequar a esta proposta draconiana de punir aqueles que já são punidos por terem acesso a um dos piores sistemas educacionais do país.
            Aliás, Wilson Martins e Átila Lira desconsideram que as precárias condições de ensino e os péssimos salários interferem diretamente na qualidade de nossa educação. E o resultado deste verdadeiro circo dos horrores é que Wilson e Átila querem lavar as mãos e punir os trabalhadores pela péssima educação imposta pelo governo.
            Saramago nunca se fez tão presente em terras piauienses, e o modo como encerra sua instigante obra literária ilustra muito bem as questões levantadas até aqui: “Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.”
            Espero que os trabalhadores em educação do Piauí não fechem seus olhos para esta triste realidade, e que sejamos nós, trabalhadores, responsáveis por uma mudança profunda na forma com que a sociedade enxerga a educação pública brasileira, sempre esquecida pelos nossos (des)governantes. E que neste teatro, os atores invertam seus papéis, não permitindo que o enredo continue a ser o de um circo de horrores, onde as vítimas são punidas com péssimas condições de ensino.
*Professor de História da rede estadual de educação
Membro da CSP-CONLUTAS - Central Sindical e Popular

Educação com Lutas realiza hoje seminário

Convite
Convidamos todos e todas para o seminário: “A luta pela valorização dos trabalhadores em educação”. A temática será discutida à luz da luta pela construção da carreira do magistério e do resgate dos direitos  da categoria. Aspectos como mudança de nível, de classe, tabela salarial, PSPN, serão discutidos.
Dia  26/02/2011 (sábado)
Local: Auditório do Sindicato dos Servidores Municipais – SINDSERME
END. Rua Quintino Bocaiúva n° 426, Centro- norte (próximo da Rua Areolino de Abreu)
Horário: 16h
Aberto à participação de todos e todas!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nota pública da Educação com Lutas sobre a proposta do governo anunciada 24/02

Nenhuma confiança no governo de Wilson Martins!
Foto CSP-Conlutas-PI
Manter a unidade e fortalecer a greve!
 Por reajuste salarial para todos os trabalhadores em educação! Melhorias das escolas e das condições de trabalho!
Os trabalhadores/as em educação do Piauí estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. A paralisação já dura 14 dias e conta com  ampla adesão da categoria em todo o estado. Cansados do descaso e do autoritarismo com que o governo vem tratando a educação pública, professores, técnico-administrativos, vigias, zeladores (as) e merendeiras tomaram uma firme decisão: não iniciar o ano letivo até que sua pauta de reivindicações seja plenamente atendida.
     É bom que se diga que essa é uma das maiores greves dos últimos cinco anos e desbancou a campanha anti-greve de Átila, que entrou em desespero porque se evidenciou também a triste situação das escolas públicas, que em sua maioria funcionam em condições precárias com já foi denunciado. Isso prova que a greve está forte!
Na quinta-feira (24/02), o secretário de educação tratou de divulgar que o valor do aumento do piso salarial tinha sido aprovado pelo MEC. O mesmo ficou em 15,9%, passando de R$ 1.024,00 para R$ 1.187,00. Ficam de fora todos os funcionários de escolas. Essa proposta do secretário vem para dividir a categoria, isolar os funcionários de escolas e enfraquecer a greve. Parece mais uma cilada, pois sequer a proposta está por escrito.
                O QUE FAZER?
Mas, qual seria o posicionamento da categoria agora? Aceitar somente 15,9% para os professores e esquecer toda a nossa pauta de reivindicação? Abandonar os funcionários de escola à sua própria sorte?
Na opinião de nossa corrente, a Educação com Lutas, não! É preciso aproveitar a dimensão do que se tornou essa greve para avançarmos numa luta que conquiste uma negociação salarial significativa como recentemente fizeram os professores no Tocantins, que saíram da greve com uma negociação em torno de 25% de reajuste. Este é o exemplo a ser seguido.
Entender que esse é o caminho só é possível se olharmos para nossa realidade: regência e adicionais congelados, salários baixos, falta de condições de trabalho, fim de direitos para os novos professores, enfim uma carreira profissional precária, sem incentivos nem vantagens. Os funcionários de escola vivem também esse drama. Para os vigilantes a situação é mais grave devido a  insegurança nas escolas.
Nos últimos dois anos, os trabalhadores em educação têm vivido a gravidade da crise econômica que se arrasta desde 2008. A política de arrocho sistemática dos salários impede que os trabalhadores, inclusive, tenham uma alimentação decente. O preço da carne de primeira é R$ 20,00 enquanto que o feijão aumentou em 66%, o açúcar em 19,5%, o leite em 12,5% e o pãozinho em 11%. Os índices do IGP-M utilizados para reajustar a energia e o preço do aluguel ficou em 11,5% e a cesta básica em 16%. O IAPEP-saúde teve um aumento de 10% na taxa. Perguntamos à Átila e Wilsão se eles conseguem viver com os R$ 545,00 aprovado no congresso? Com certeza, não!
          Para continuar a política neoliberal, Dilma corta 50 bilhões dos gastos públicos. Só da educação foi 1 bilhão. As universidades públicas federais perderam 10% dos seus orçamentos. Essas são as razões do porquê não podemos confiar nem em Dilma nem em Wilson Martins.
    ATENDER AS REIVINDICAÇÕES DE TODOS!
   Seria um erro suspender a greve agora. Devemos manter as reivindicações do conjunto da categoria. Por isso é importante intensificar a luta para que possamos ter uma negociação que contemple também os funcionários de escola. É possível avançar nas negociações e fazer com que o governo apresente uma proposta que contemple professores, técnicos, vigilantes, zeladoras e merendeiras. Recursos para isso têm de sobra. O que falta é vontade política.
     A greve continua, governo a culpa e sua! Pelo atendimento das reivindicações já!.
             Nossa unidade é a nossa força!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Prof° Dr. em História Denílson Botelho da UFPI defende a greve na imprensa

A greve e o dever de casa
O ano letivo na rede pública estadual do Piauí não começou bem. Os professores, através do seu sindicato, iniciaram uma greve cujo alcance não pretendo discutir aqui. Afinal, é fato que existe a greve.
 
Diante disso, seria extremamente positivo que o novo governo de Wilson Martins e a gestão recentemente iniciada do Secretário Átila Lira deixassem de lado a retórica apelativa contra um movimento social organizado e sentassem à mesa de negociação para examinar as razões que levaram os docentes a tomar a iniciativa que tomaram. Trata-se de oportunidade rara para o diálogo, ao invés de se lançar apressadas e injustas acusações contra quem tem insistido em exercer heroicamente o magistério, a despeito dos salários indignos que lhes são pagos.

Também não parece ser de bom tom pretender desmobilizar o movimento reivindicatório com o argumento de que o Piauí é o único estado no país cuja rede pública de ensino está em greve. Por acaso isso seria motivo de vergonha para a categoria? Não creio. Revela, antes de tudo, a preocupação e a responsabilidade com os rumos da educação piauiense por parte dessa categoria profissional. Preocupação e responsabilidade que talvez esteja faltando aos administradores públicos, inclusive nos seus discursos e entrevistas, em que muitas vezes tais palavras parecem ocas.

Se o ano letivo por aqui começou com uma greve, é sinal de que nossa educação vai mal e os professores estão atentos a isso e vêm  à público denunciar o quanto falta-lhes a base para desenvolver um ensino de qualidade: remuneração digna e condizente com a relevância do ofício que exercem.

Recentemente o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, vinculado ao governo federal - e, portanto, ao governo de Dilma Roussef, do PT, partido com o qual o PSB fez aliança para eleger Wilson Martins -, divulgou um estudo (Comunicado nº 75, datado de 3 de fevereiro de 2011 e disponível no sítio do Instituto na internet) intitulado “Gastos com a Política Social: alavanca para o crescimento com distribuição de renda”. É um texto curto, de 13 páginas, que o Secretário e o Governador poderiam ler entre um despacho e outro, no conforto de seus gabinetes.

Dessa leitura instrutiva, poderiam extrair um dado de extrema importância. Os pesquisadores do IPEA constataram que cada R$ 1,00 investido na área da educação gera R$ 1,85 para o PIB (Produto Interno Bruto). E mais: ao comparar diferentes tipos de investimentos feitos na área social (na saúde, em programas sociais e outros), verifica-se que o investimento na educação é o que mais contribui para o crescimento do PIB. Ou seja, o salário pago aos professores não gera apenas conhecimento difundido através da aprendizagem. Gera crescimento econômico para o Piauí e para o Brasil. Gera aumento do consumo, das vendas e movimentará a economia num futuro bem mais próximo do que se pode imaginar. Indivíduos instruídos e qualificados geralmente conquistam melhores rendimentos, consomem mais. E para serem instruídos e qualificados, necessitam de educação. Mas educação de qualidade não se faz com professores pauperizados.

Em síntese, se queremos ver o Piauí prosperar, é preciso olhar para a greve dos professores em luta por melhores salários não como um indesejável aumento na folha de pagamentos, mas sim como um investimento da maior relevância no desenvolvimento econômico do nosso estado.

Salário de professor não é gasto, é investimento. Os nossos professores da rede estadual, em greve, estão nesse momento na vanguarda nacional ao lutarem por melhores salários antes que o mesmo se repita nos demais estados brasileiros. Eis o dever de casa, sugerido pelo IPEA, que os atuais governantes precisam fazer urgentemente.

Por Denílson Botelho
Professor de História da UFPI

Publicado no jornal O DIA (Teresina/PI), em 20 de fevereiro de 2011, Primeiro Caderno, p. 6)

JUSTIÇA RECONHECE LEGALIDADE DA GREVE

Hoje o governo  deve ter ficado irritado. Wilsão recebeu a notícia de que a justiça reconheceu a legalidade da greve dos trabalhadores em educação. Isso fortalece o movimento grevista e  enfraquece mais ainda o governo que já anda desgastado logo no início de sua gestão.

Átila ontém foi enchotado de Parnaíba pelos grevistas. Quando começou a mentir a vaia pegou e ele se retirou da sala de reuniões triste, pegou seu jatinho e se mandou. A sala estava repleta de cartazes da greve, faixas e o pessoal do comando de greve. Em Picos aconteceu o mesmo. O secretário ficou em maus lençóis, pois os trabalhadores disseram que a greve continuava . Os planos do goveno de intimidação da categoria  e de desmonte da greve estão naufragando. A greve começa a ganhar a opinião pública e demonstra que a categoria ainda tem muito fôlego pela frente. Parabens!
O movimento continua forte! A deliberação da assemblíea de hoje foi continuar a luta, pois o sindicato vai continuar dando a batalha jurídica, mas a greve deve continua em todo o estado do Piauí. Todos devem permanecr parados como aprovou a assembléai realizada hoje, dia 23/02, às 9 horas no Karnak.

Hoje às 15 horas na sede do SINTE-PI haverá reunião do comando de greve para encaminhar as decisões da assembléia geral. Participe! 

FORTALECER A GREVE É O CAMINHO!

Nos últimos dias a greve  tem ocupado os meios de comunicação denunciando a crise da escola pública estadual do Piauí. Essa foi a herança de Wellington Dias do PT para o atual governo.O sucateamento é visível. As escolas estão precisando urgentemente de investimentos pasados para voltarem a funcionar com as condições básicas. Como cantavam os trabalhadores em educação na passeata de hoje: "a educação está parada porque a escola está sucateada".  Cantavam também: "onde está o dinheiro? O gato comeu, o gato comeu!!! Wilson fugio...Wilson fugio..E seu paradeiro está no estrangeiro. Onde está o dinheiro?".  A passeata foi alegre demonstrando a disposição de luta da categoria.

SEM NEGOCIAÇÂO, NÃO HAVERÁ FIM DA GREVE!
O governo de Wilsão trate de negociar urgentemente com a categoria, pois do contrário a greve vai continuar. A culpa é do governo. Toda a sociedade sabe disso. Wilsão que já está no governo há mais de 6 meses é o verdadeiro culpado pela greve, pois durante todo esse tempo que governou se recusou a resolver a situação dos trabalhadores em educação.Sem negociação não há solução!

47% já! Rumo ao piso do DIEESE! Melhoria das escolas!





Foto- CSP-Conlutas-PI
Foto-CSP-Conlutas-PI
Ato dos trabalhadores em educação no Karnak reune centenas.  Depois foi realizada uma passeta pela Freire Serafim. A população nas paradas de ônibus aplaudia a pesseata em sinal e apoio. 
A nova atividade será na segunda-feira dia 28/02 na Assembléia legislativa.
Foto-CSP-Conlutas-PI



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DIA 23/02 ÀS 9H TEM ATO DA GREVE NO KARNAK !

Na última assembléia geral foi aprovado a realização de um ato no Karnak como próxima atividade da greve. O objetivo é pressionar o governo pela negociação. É preciso que toda a categoria esteja presente, pois a força do movimento é demonstrada com a participação dos trabalhadores nas ações diretas. Todos/as ao ato contra a política de arrocho salarial e sucateamento da escola pública!
Dia 23/02
Horário: 9h
Local: Palácio de Karnak

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

  REUNIÃO DA EDUCAÇÃO COM LUTAS
 
Convidamos todos/as para a reunião da Educação com Lutas ( CSP-CONLUTAS
em professores) para tratarmos da greve
dos/as trabalhadores/as em
 educação    deflagrada dia 14/02.
Pauta: Greve e encaminhamentos; 
   Data: 19/02/2011 (sábado);
  Local- Auditório do SINDSERME- (Rua       Quintino Bocaiúava com
 Areolino de Abreu);
  Horário: 16 horas
                Participe! A luta continua!