quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trabalhadores em educação do Maranhão continuam em Greve!

A greve é por educação de boa qualidade no estado

Apesar de todos os pedidos de negociação, desde o início do movimento grevista, o governo faz publicidade negativa na mídia, colocando a culpa do movimento nos educadores. “Mas a culpa é do governo, que não chama categoria para negociar uma solução que beneficie a educação. O nosso movimento é justo e estamos há cerca de dois anos cobrando o que historicamente sempre foi negado aos trabalhadores”, disse o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro.

Todas as reivindicações dos trabalhadores, se forem atendidas, proporcionam um grande salto de qualidade na educação do estado, e algumas já estão garantidas por Lei e não cumpridas pelo governo, como o piso salarial para professor – a Lei do Piso foi instituída em 2009. Na pauta, os educadores cobram um direito básico e legal, como a licença prêmio, e o Estatuto do Educador, com a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, que prevê as progressões, titulações, e promoções dos profissionais, também previstas em Lei.

Além disso, os educadores cobram a igualdade de salário para profissionais contratados e efetivos, pois os temporários, além de não receber direitos trabalhistas, têm remuneração de apenas R$ 500, o que resulta na péssima qualidade do ensino. Para resolver a questão, a categoria cobra a convocação dos trabalhadores aprovados no último concurso, realizado em 2009, que continuam aguardando chamada na lista de excedentes, enquanto o estado mantém cerca de dez mil professores temporários contratados, com baixos salários, resultando na precariedade do trabalho e do ensino.

Os professores querem também a melhoria da estrutura das escolas, que estão sucateadas, principalmente no interior, de acordo com denúncias feitas por educadores de vários municípios que participaram da marcha pelo Estatuto do Educador realizada na última quinta-feira (31), em São Luís. E ainda pedem o investimento na qualificação profissional do educador (professor e funcionário de escola), com cursos de formação e bolsas para cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, o que eleva a qualidade da educação no estado.

Os educadores cobram ainda o que determina o Conselho Estadual de Educação quanto à quantidade de alunos por turmas, pois segundo denúncias de professores do interior, feitas no último ato público, não há espaço suficiente para os alunos nas salas de aula: há excessos de estudantes nas salas e faltam cadeiras.

Por todas essas questões, a categoria mantém a continuidade do movimento, aprovada em todas as regiões no estado, e pede que o governo receba os trabalhadores, para mais uma vez negociar e argumentar que as reivindicações são justas e urgentes, pois como ilustrou a representante do SINPROESEMMA na região de Santa Inês, Zuila Silva, não dá mais para esperar, pois “a educação no Maranhão há muito tempo pede socorro”.

Acompanhe todas as informações sobre o movimento pelo Site: http:www.sinproesemma.org.br

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