Nenhuma confiança no governo de Wilson Martins!
Por reajuste salarial para todos os trabalhadores em educação! Melhorias das escolas e das condições de trabalho!
Os trabalhadores/as em educação do Piauí estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. A paralisação já dura 14 dias e conta com ampla adesão da categoria em todo o estado. Cansados do descaso e do autoritarismo com que o governo vem tratando a educação pública, professores, técnico-administrativos, vigias, zeladores (as) e merendeiras tomaram uma firme decisão: não iniciar o ano letivo até que sua pauta de reivindicações seja plenamente atendida.
É bom que se diga que essa é uma das maiores greves dos últimos cinco anos e desbancou a campanha anti-greve de Átila, que entrou em desespero porque se evidenciou também a triste situação das escolas públicas, que em sua maioria funcionam em condições precárias com já foi denunciado. Isso prova que a greve está forte!
Na quinta-feira (24/02), o secretário de educação tratou de divulgar que o valor do aumento do piso salarial tinha sido aprovado pelo MEC. O mesmo ficou em 15,9%, passando de R$ 1.024,00 para R$ 1.187,00. Ficam de fora todos os funcionários de escolas. Essa proposta do secretário vem para dividir a categoria, isolar os funcionários de escolas e enfraquecer a greve. Parece mais uma cilada, pois sequer a proposta está por escrito.
O QUE FAZER?
Mas, qual seria o posicionamento da categoria agora? Aceitar somente 15,9% para os professores e esquecer toda a nossa pauta de reivindicação? Abandonar os funcionários de escola à sua própria sorte?
Na opinião de nossa corrente, a Educação com Lutas, não! É preciso aproveitar a dimensão do que se tornou essa greve para avançarmos numa luta que conquiste uma negociação salarial significativa como recentemente fizeram os professores no Tocantins, que saíram da greve com uma negociação em torno de 25% de reajuste. Este é o exemplo a ser seguido.
Entender que esse é o caminho só é possível se olharmos para nossa realidade: regência e adicionais congelados, salários baixos, falta de condições de trabalho, fim de direitos para os novos professores, enfim uma carreira profissional precária, sem incentivos nem vantagens. Os funcionários de escola vivem também esse drama. Para os vigilantes a situação é mais grave devido a insegurança nas escolas.
Nos últimos dois anos, os trabalhadores em educação têm vivido a gravidade da crise econômica que se arrasta desde 2008. A política de arrocho sistemática dos salários impede que os trabalhadores, inclusive, tenham uma alimentação decente. O preço da carne de primeira é R$ 20,00 enquanto que o feijão aumentou em 66%, o açúcar em 19,5%, o leite em 12,5% e o pãozinho em 11%. Os índices do IGP-M utilizados para reajustar a energia e o preço do aluguel ficou em 11,5% e a cesta básica em 16%. O IAPEP-saúde teve um aumento de 10% na taxa. Perguntamos à Átila e Wilsão se eles conseguem viver com os R$ 545,00 aprovado no congresso? Com certeza, não!
Para continuar a política neoliberal, Dilma corta 50 bilhões dos gastos públicos. Só da educação foi 1 bilhão. As universidades públicas federais perderam 10% dos seus orçamentos. Essas são as razões do porquê não podemos confiar nem em Dilma nem em Wilson Martins.
ATENDER AS REIVINDICAÇÕES DE TODOS!
Seria um erro suspender a greve agora. Devemos manter as reivindicações do conjunto da categoria. Por isso é importante intensificar a luta para que possamos ter uma negociação que contemple também os funcionários de escola. É possível avançar nas negociações e fazer com que o governo apresente uma proposta que contemple professores, técnicos, vigilantes, zeladoras e merendeiras. Recursos para isso têm de sobra. O que falta é vontade política.
A greve continua, governo a culpa e sua! Pelo atendimento das reivindicações já!.
Nossa unidade é a nossa força!
Nenhum comentário:
Postar um comentário